Erythroxylaceae

Erythroxylum ectinocalyx Mart.

Como citar:

Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2020. Erythroxylum ectinocalyx (Erythroxylaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

189.079,831 Km2

AOO:

120,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Camacan, Poções e Una —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Conceição da Barra, Guarapari, Itapemirim, Linhares, Presidente Kennedy, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória —, e no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Duque de Caxias, Macaé, Miguel Pereira, Rio das Ostras e Saquarema.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 6 m de altura (Araújo et al, 2014), endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição no estado da Bahia, municípios Camacan, Poções e Una, no estado do Espírito Santo, municípios Conceição da Barra, Guarapari, Itapemirim, Linhares, Presidente Kennedy, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, e no estado do Rio de Janeiro, municípios Duque de Caxias, Macaé, Miguel Pereira, Rio das Ostras e Saquarema. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila e Restinga (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Apresenta EOO= 160547km². A espécie poderia ser considerada Em Perigo de extinção pelo critério B2, entretanto EOO supera muito o limiar para categoria de ameaça, possui registros em Unidades de Conservação de Proteção Integral e ainda, não possui especificidade de habitat. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro. A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Espírito Santo - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA).

Último avistamento: 2016
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Abh. Math.-Phys. Cl. Königl. Bayer. Akad. Wiss. 3(2), 355, 1840. É afim de E. cuspidifolium, mas difere por pela coloração ocre do cálice (vs. verde em E. cuspidifolium) e lobos do cálice ca. 4 × 2 mm (vs. ca. 2 × 1 mm em E. cuspidifolium) (Araújo et al., 2014).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Não
Detalhes: A frequência dos indivíduos na população global pode ser considerada ocasional (Maria Iracema Bezerra Loiola, comunicação pessoal, 2020).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Árvore com até 6 m de altura (Araújo et al, 2014). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila e Restinga (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020).
Referências:
  1. Araújo, T.F. de, Fiasch, P., Amorim, A.M., 2014. Erythroxylum (Erythroxylaceae) na Mata Atlântica da Bahia, Brasil. Rodriguésia 65, 637–658. https://doi.org/10.1590/2175-7860201465305
  2. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Erythroxylaceae. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB130755 (acesso em 17 de setembro de 2020)

Ameaças (9):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present,future regional very high
A produção de carne e de leite tem crescido consideravelmente no Brasil nas últimas décadas, atingindo, em 2018-19, ca. 26 milhões de toneladas e 34,4 bilhões de litros, e a previsão oficial é de que ambas atividades deverão crescer, respectivamente, a uma taxa anual de 3,0% e a entre 2,0 e 2,8% nos próximos 10 anos (MAPA, 2019). Na Mata Atlântica, a conversão do uso da terra para atividades agropecuária é um dos principais vetores de modificação, causadores de perda de biodiversidade (Joly et al., 2019). Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica do período de 2019, da área total de 130.973.638 ha da Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica - AALMA (Lei nº 11.428/06), apenas ca. 19.936.323 ha (15,2%) correspondiam a áreas naturais (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2020). Em levantamentos relativos a 2018, as áreas de pastagens ocupavam entre ca. 39.854.360 ha (30,4% da AALMA) (Lapig, 2020) e ca. 50.975.705 ha (39% da AALMA) (MapBiomas, 2020), dentre os quais 36.193.076 ha foram classificados como pastagens e 14.782.629 ha como Mosaico de Agricultura ou Pastagem. Na Mata atlântica, a partir de 2002 foi registrado um decréscimo das áreas ocupadas por pastagens como decorrência da intensificação da pecuária (Parente et al., 2019). Apesar disso, esses autores verificaram a expansão de áreas ocupadas por atividades agricultura de larga escala (cana-de-açúcar e soja), que ocupa espaços antes destinados à pecuária mais extensiva.
Referências:
  1. Joly, C.A., Scarano, F.R., Seixas, C.S., Metzger, J.P., Ometto, J.P., Bustamante, M.M.C., Padgurschi, M.C.G., Pires, A.P.F., Castro, P.F.D., Gadda, T., Toledo, P., Padgurschi, M.C.G., 2019. 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. BPBES - Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossitêmicos. Editora Cubo, São Carlos. URL https://doi.org/10.4322/978-85-60064-88-5
  2. Fundação SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2020. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica: período 2018–2019. Fundação SOS Mata Atlântica/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São Paulo. URL https://www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2020/06/2020_Atlas_Mata_Atlantica_2018-2019_relatorio_tecnico_final-1.pdf (acesso em 30 de setembr de 2020).
  3. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. URL https://maps.lapig.iesa.ufg.br/lapig. html (acesso em 03 de junho de 2020).
  4. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2019. Projeções do Agronegócio: Brasil 2018/19 a 2028/29 projeções de longo prazo. MAPA/ACE, Brasília. URL https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/todas-publicacoes-de-politica-agricola/projecoes-do-agronegocio/projecoes-do-agronegocio-2018-2019-2028-2029/@@download/file/projecoes-2019_versao_final_3.pdf
  5. MapBiomas, 2020. Plataforma MapBiomas v.4.1 - Base de Dados Cobertura e Uso do Solo. URL https://plataforma.mapbiomas.org/map#coverage (acesso em 03 de junho de 2020).
  6. Parente, L., Mesquita, V., Miziara, F., Baumann, L., Ferreira, L., 2019. Assessing the pasturelands and livestock dynamics in Brazil, from 1985 to 2017: A novel approach based on high spatial resolution imagery and Google Earth Engine cloud computing. Remote Sensing of Environment 232, 111301. URL https://doi.org/10.1016/j.rse.2019.111301
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present,future regional high
Planícies costeiras arenosas e tipos vegetacionais associados encontrados ao longo da costa brasileira representam um ecossistema bastante diversificado em fisionomia, florística e estrutura. Embora protegidas por unidades de conservação, são ameaçadas principalmente pela especulação imobiliária e extração de areia (Assis et al., 2004).
Referências:
  1. Assis, A.M. de, Thomaz, L.D., Pereira, O.J., 2004. Florística de um trecho de floresta de restinga no município de Guarapari, Espírito Santo, Brasil. Acta Bot. Brasilica 18, 191–201.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 1.3 Tourism & recreation areas habitat past,present,future regional very high
No litoral do Espírito Santo, os município de Vitória, Viana e Guarapari apresentam em média 60% de incremento populacional nessa década, por motivos distintos (Girardi e Cometti, 2006). Em Guarapari, o crescimento é resultado do crescimento da atividade turística, sendo nesse período instalada a infraestrutura turística, com urbanização e verticalização situadas na área central do município (Girardi e Cometti, 2006). Esses processos de adensamento, expansão periférica e de busca de áreas de turismo e veraneio foram responsáveis pelo fato de o Litoral Sul ter apresentado um crescimento cerca de duas vezes e meia superior ao do Espírito Santo como um todo (Girardi e Cometti, 2006). Entre as décadas de 1970 e 2000, Guarapari manteve um crescimento populacional de 60% em média, por década, relacionado aos investimentos em estrutura turística (Girardi e Cometti, 2006). Em Guarapari mais de 50% dos empregos envolvem atividades francamente voltadas ao turismo e ao veraneio (comércio, construção, serviços domésticos, alojamento e alimentação) e tem seu PIB fortemente concentrado no setor terciário (mais de 95%), relacionado com seu vínculo com a atividade turística e de veraneio (Girardi e Cometti, 2006).
Referências:
  1. Girardi, G., Cometti, R.D.S., 2006. Dinâmica do uso e ocupação do solo no litoral sul do estado do Espírito Santo, Brasil. Desenvolv. e Meio Ambient. 13. URL https://doi.org/10.5380/dma.v13i0.3114
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.3 Agro-industry farming habitat past,present,future national very high
Nas florestas litorâneas atlânticas dos estados da Bahia e Espírito Santo, cerca de 4% da produção mundial de cacau (Theobroma cacao L.) e 75% da produção brasileira é obtida no que é chamado localmente de sistemas de cabruca. Neste tipo especial de agrossilvicultura o sub-bosque é drasticamente suprimido para dar lugar a cacaueiros e a densidade de árvores que atingem o dossel é significativamente reduzida (Rolim e Chiarello, 2004). De acordo com Rolim e Chiarello (2004) os resultados do seu estudo mostram que a sobrevivência a longo prazo de árvores nativas sob sistemas de cabruca estão sob ameaça se as atuais práticas de manejo continuarem, principalmente devido a severas reduções na diversidade de árvores e desequilíbrios de regeneração. Tais resultados indicam que as florestas de cabrucas não são apenas menos diversificadas e densas do que as florestas secundárias ou primárias da região, mas também que apresentam uma estrutura onde espécies de árvores dos estágios sucessionais tardios estão se tornando cada vez mais raras, enquanto pioneiras e espécies secundárias estão se tornando dominantes (Rolim e Chiarello, 2004). Isso, por sua vez, resulta em uma estrutura florestal drasticamente simplificada, onde espécies secundárias são beneficiadas em detrimento de espécies primárias (Rolim e Chiarello, 2004).
Referências:
  1. Rolim, S.G., Chiarello, A.G., 2004. Slow death of Atlantic forest trees in cocoa agroforestry in southeastern Brazil. Biodivers. Conserv. 13, 2679–2694. URL https://doi.org/10.1007/s10531-004-2142-5
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national high
Grande parte das florestas úmidas do sul da Bahia estão fragmentadas como resultado da atividade humana realizadas no passado, tais como o corte madeireiro e implementação da agricultura (Paciencia e Prado, 2005). Estima-se que a região tenha 30000 ha de cobertura florestal (Paciência e Prado, 2005), 40000 ha em estágio inicial de regeneração e 200000 ha em área de pasto e outras culturas, especialmente cacau (Theobroma cacao L.), seringa (Hevea brasiliensis Muell. Arg.), piaçava (Attalea funifera Mart.) e dendê (Elaeis guianeensis Jacq.) (Alger e Caldas, 1996). Especificamente em Una, 27% da cobertura florestal é ocupada por pasto, 15% de floresta em estágio inicial de regeneração, 6% de plantação de cacau e 2 de plantação de seringa (Pardini, 2004). A maioria das propriedades particulares são fazendas de cacau, o principal produto da agricultura (Paciência e Prado, 2005). Os municípios de Conceição da Barra (ES) e Itapemirim (ES) possuem, respectivamente, 9,16% (10835ha) e 12,82% (7061ha) de seus territórios convertidos em áreas de culturas agrícolas, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). Os municípios de Conceição da Barra (ES) e Itapemirim (ES) possuem, respectivamente, 8,78% (10382ha) e 11,8% (6500ha) de seus territórios convertidos em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020).
Referências:
  1. Paciencia, M.L.B., Prado, J., 2005. Effects of Forest Fragmentation on Pteridophyte Diversity in a Tropical Rain Forest in Brazil. Plant Ecol. 180, 87–104. URL https://doi.org/10.1007/s11258-005-3025-x
  2. Alger, K., Caldas, M., 1996. Cacau na Bahia: Decadência e ameaça a Mata Atlântica. Ciência Hoje 20, 28–35.
  3. Pardini, R., 2004. Effects of forest fragmentation on small mammals.pdf. Biodivers. Conserv. 13, 2567–2586.
  4. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020. Produção Agrícola Municipal - Área plantada: total, dados de 2018. Município(s): Conceição da Barra (ES) e Itapemirim (ES). URL https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1612 (acesso em 20 de março de 2020).
  5. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020. Produção Agrícola Municipal - Área plantada: cana-de-açúcar, dados de 2018. Municípios: Conceição da Barra (ES) e Itapemirim (ES). URL https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1612 (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
As florestas plantadas de eucalipto estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados de Minas Gerais, com maior área plantada, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul (Baesso et al., 2010). Com 228781 ha de área ocupada com árvores de Eucalyptus spp., o Espírito Santo é o sexto estado da federação com a maior área plantada em 2014 (Ibá, 2015). A prática de queimar os canaviais com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e, desta forma, facilitar a colheita se consolidou na década de 1970, com o surgimento do Programa Nacional do Álcool. Ao contrário de outras regiões canavieiras do País, na região de Linhares (ES), os solos de tabuleiro passaram a ser cultivados com cana-de-açúcar apenas nas últimas décadas (Mendonza et al., 2000). Os municípios Conceição da Barra (ES), São Mateus (ES) e Serra (ES) possuem, respectivamente, 38,71% (45782ha), 18,26% (42847ha) e 7,39% (4048ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020).
Referências:
  1. Baesso, R.C.E., Ribeiro, A., Silva, M.P., 2010. Impacto das mudanças climáticas na produtividade do eucalipto na região norte do Espírito Santo e sul da Bahia. Ciência Florest. 20, 335–344.
  2. Mendonza, H.N.S., Lima, E., Anjos, L.H.C., Silva, L.A., Ceddia, M.B., Antunes, M.V.M., 2000. Propriedades químicas e biológicas de solo de tabuleiro cultivado com cana-de-açúcar com e sem queima da palhada. Rev. Bras. Ciência do Solo 24, 201–207. URL https://doi.org/10.1590/S0100-06832000000100022
  3. IBÁ - Indústria Brasileira de Árvores, 2015. Relatório Ibá 2015.
  4. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020. Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, dados de 2018. Municípios: Conceição da Barra (ES), São Mateus (ES) e Serra (ES). URL https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/5930 (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national high
Os municípios Camacan (BA), Conceição da Barra (ES), Duque de Caxias (RJ), Guarapari (ES), Itapemirim (ES), Linhares (ES), Macaé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Poções (BA), Presidente Kennedy (ES), Rio das Ostras (RJ), São Mateus (ES), Saquarema (RJ), Serra (ES), Una (BA) e Vila Velha (ES) possuem, respectivamente, 13,59% (7948,7ha), 28,95% (34306,3ha), 14,31% (6688,9ha), 24,96% (14773,1ha), 70,87% (39016,4ha), 48,51% (169611,7ha), 44,81% (54460,8ha), 31,46% (9059,5ha), 61,01% (57187,6ha), 78,46% (46709,3ha), 53,82% (12277,5ha), 55,41% (129978,7ha), 39,85% (14059,8ha), 33,15% (18156,7ha), 13,8% (16873,1ha) e 39,21% (8232,9ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Municípios: Camacan (BA), Conceição da Barra (ES), Duque de Caxias (RJ), Guarapari (ES), Itapemirim (ES), Linhares (ES), Macaé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Poções (BA), Presidente Kennedy (ES), Rio das Ostras (RJ), São Mateus (ES), Saquarema (RJ), Serra (ES), Una (BA) e Vila Velha (ES) . URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national very high
Com a transformação do uso do solo no município de Guarapari (ES) que possui no total 59,060 ha restaram de áreas naturais ou em regeneração apenas 29,871 (19%), sendo: 23,871 ha de formação florestal natural, 4,090 ha de formação não florestal, 548 ha de mangue e 1361 ha de afloramento rochoso (Mapbiomas, 2019). Considerando que a espécie ocorre especificamente em formação florestal, restam apenas no município cerca de 40% de habitats potenciais da espécie. O município de Duque de Caxias com 46762 ha possui 16224 ha que representam 34% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Linhares com 350414 ha possui 89011 ha que representam 25% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Macaé com 121684 ha possui 30576 ha que representam 25% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Saquarema com 35357 ha possui 6069 ha que representam 17% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Serra com 55169 ha possui 7047 ha que representam 13% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). O município de Una com 117174 ha possui 44914 ha que representam 38% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). Vitória (ES) possuía apenas 14% de vegetação nativa em 2010 (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2011).
Referências:
  1. Projeto MapBiomas, 2019. Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil. Coleção [versão] da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil. URL http://mapbiomas.org/map#coverage (acesso em 07 de junho de 2019).
  2. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Duque de Caxias. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/rj/Rio de Janeiro/Duque de Caxias (acesso em 29 de maio de 2019).
  3. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Linhares. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/es/Espírito Santo/Linhares (acesso em 29 de maio de 2019).
  4. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Macaé. Aqui tem Mata? URL http://www.aquitemmata.org.br/#/busca/rj/Rio de Janeiro/Macaé (acesso em 12 de setembro 2019).
  5. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Saquarema. Aqui tem Mata? URL http://www.aquitemmata.org.br/#/busca/rj/Rio de Janeiro/Saquarema (acesso em 29 de maio de 2019).
  6. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Serra. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/es/Espírito Santo/Serra (acesso em 29 de maio de 2019).
  7. SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2019. Una. Aqui tem Mata? URL https://www.aquitemmata.org.br/#/busca/ba/Bahia/Una (acesso em 29 de maio de 2019).
  8. Fundação SOS Mata Atlântica, INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2011. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica Período 2008-2010. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE. URL http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/atlasrelatoriofinal.pdf (acesso em 17 de fevereiro de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3 Indirect ecosystem effects 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity habitat past,present,future regional high
A prática de queimar os canaviais com a finalidade de diminuir a quantidade de palha e, desta forma, facilitar a colheita se consolidou na década de 1970, com o surgimento do Programa Nacional do Álcool. Ao contrário de outras regiões canavieiras do País, na região de Linhares (ES), os solos de tabuleiro passaram a ser cultivados com cana-de-açúcar apenas nas últimas décadas (Mendonza et al., 2000).
Referências:
  1. Mendonza, H.N.S., Lima, E., Anjos, L.H.C., Silva, L.A., Ceddia, M.B., Antunes, M.V.M., 2000. Propriedades químicas e biológicas de solo de tabuleiro cultivado com cana-de-açúcar com e sem queima da palhada. Rev. Bras. Ciência do Solo 24, 201–207. URL https://doi.org/10.1590/S0100-06832000000100022

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Espírito Santo - 33 (ES), Território Itororó - 35 (BA).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Lagoa Grande, Área de Proteção Ambiental de Massambaba, Área de Proteção Ambiental de Setiba, Área de Proteção Ambiental Estadual Mestre Álvaro, Parque Estadual da Costa do Sol, Parque Estadual de Itaúnas, Parque Estadual Paulo César Vinha, Parque Nacional Restinga de Jurubatiba e Parque Natural Municipal de Jacarenema e Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.